Saturday, 2 June 2018

The Men, Maus Hábitos, Porto, 31.05.2018.


© Guilherme Lucas 

Words: Guilherme Lucas (freely translated by Raquel Pinheiro; photos: Guilherme Lucas

Bronx New Yorkers, The Men, are anything but a predictable rock band. Their repertoire, condensed in their discography, reveals it: an enormous capacity and genuine interest of the n«band, in their different line-ups, over the years,  in approaching their music from an experimental perspective and without musical barriers within an eminently rocky context . That means, musically and stylistically speaking, it is practically impossible to catalog The Men. But it can be said, without doubt that they are a great rock band.

The Men (currently on tour promoting their latest and most eclectic work called Drift), performed at Maus Hábitos stage showing precisely that: that they can equally start with a brutal and devastating theme that is nothing more than “punk- rock-hardcore-noise with solos like Dinossaur Jr", and, right away, submerge themselves in an introspective, calm theme of country -folk ambience, with a somewhat irrepressible free jazz  saxophone – at times reminding a few sentences from The Stooges’ Fun House – returning to punk-hardcore fulminating noise ... once more followed by intimate themes, musically haunted by American rock memorabilia ranging from The Doors to Johnny Cash, (at times I even noticed something between Bruce Springsteen and Tom Petty) ... therefore , it is virtually impossible to accurately identify all their influences; one can only rely on what is suggested by their compositions. The band offered a good concert, though, and as mentioned, with different speeds and very different intensities.

The idea one is left with is clear, The Men are a band, that if they so which, can act in any type of stage, for a very diverse audiences. They can both perform in the most fetid and underground hole of any city within punk, distilling the most violent and abrasive part part of their repertoire, but with the other part of their deeper and more diverse themes that interest more musically purportedly enlightened audiences also perfectly fitting within "charm” spaces like “Music Venues”. This time they performed at Maus Hábitos, the kind of perfect space, placed in between of the two I mentioned. It was, therefore, very worthwhile.

© Guilherme Lucas 

© Guilherme Lucas 

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texto e fotos: Guilherme Lucas

Os nova-iorquinos de Bronx, The Men, são tudo menos uma banda de rock previsível. O seu repertório, condensado na sua discografia, revela isso mesmo: a enorme capacidade e o genuíno interesse do grupo, nas suas diferentes formações ao longo dos anos, de abordar a sua música numa perspetiva experimental e sem barreiras musicais dentro de um contexto eminentemente rock. Isso significa que é praticamente impossível catalogar os The Men musical e estilisticamente falando. Mas podemos afirmar, sem margem de dúvidas, que são uma grande banda de rock.

Os The Men (que estão em tour de promoção do seu mais recente - e bastante eclético - trabalho, de nome Drift), que se apresentaram no palco dos Maus Hábitos demonstraram precisamente isso: tanto arrancam com um brutal e devastador tema que nada mais é do que “punk rock hardcore noise com solos à Dinossaur Jr”, para de seguida mergulharem num tema introspetivo, calmo, de ambiência country/folk, com um sax algo free jazz irrepreensível – a fazer lembrar a espaços algumas frases à la Stooges do Fun House – para regressarem ao punk hardcore noise fulminante… seguindo-se novamente mais uns temas intimistas, assombrados musicalmente por memorabilia rock norte-americana desde os Doors a Johnny Cash, (por momentos até percebi lá no meio qualquer coisa entre Bruce Springsteen com Tom Petty)… é por isso praticamente impossível identificar todas as suas influências com rigor; apenas nos podemos basear no que as suas composições nos sugerem. A banda ofereceu um bom concerto, embora, e como referi, com diferentes velocidades e de muito diferentes intensidades.

Fica claramente a ideia que os The Men são uma banda, que se quiserem, atuam em qualquer tipo de palco e para públicos muito diversos. Tanto podem atuar no buraco mais fétido e underground de qualquer cidade dentro do punk, destilando toda a parte do seu repertório mais violento e abrasivo, como perfeitamente encaixam em espaços de “charme” tipo “Casas da Música”, com a outra parte dos seus temas mais profundos e diversificados, que são do interesse de públicos pretensamente mais esclarecidos musicalmente. Desta vez atuaram nos Maus Hábitos, que é o tipo de espaço perfeito, situado a meio dos dois que referi. E valeu, por isso, muito a pena.

© Guilherme Lucas 

© Guilherme Lucas 

© Guilherme Lucas 

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