© Guilherme Lucas |
Words: Guilherme Lucas (freely translated by Raquel Pinheiro; photos:
Guilherme Lucas
Bronx New Yorkers, The Men, are anything but a predictable rock band. Their
repertoire, condensed in their discography, reveals it: an enormous capacity
and genuine interest of the n«band, in their different line-ups, over the
years, in approaching their music from an
experimental perspective and without musical barriers within an eminently rocky
context . That means, musically and stylistically speaking, it is practically
impossible to catalog The Men. But it can be said, without doubt that they are
a great rock band.
The Men (currently on tour promoting their latest and most eclectic work called
Drift), performed at Maus Hábitos stage showing precisely that: that they can
equally start with a brutal and devastating theme that is nothing more than “punk-
rock-hardcore-noise with solos like Dinossaur Jr", and, right away,
submerge themselves in an introspective, calm theme of country -folk ambience,
with a somewhat irrepressible free jazz saxophone
– at times reminding a few sentences from The Stooges’ Fun House – returning to
punk-hardcore fulminating noise ... once more followed by intimate themes,
musically haunted by American rock memorabilia ranging from The Doors to Johnny
Cash, (at times I even noticed something between Bruce Springsteen and Tom Petty)
... therefore , it is virtually impossible to accurately identify all their
influences; one can only rely on what is suggested by their compositions. The
band offered a good concert, though, and as mentioned, with different speeds
and very different intensities.
The idea one is left with is clear, The Men are a band, that if they so which,
can act in any type of stage, for a very diverse audiences. They can both perform
in the most fetid and underground hole of any city within punk, distilling the most
violent and abrasive part part of their repertoire, but with the other part of
their deeper and more diverse themes that interest more musically purportedly enlightened
audiences also perfectly fitting within "charm” spaces like “Music Venues”.
This time they performed at Maus Hábitos, the kind of perfect space, placed in between
of the two I mentioned. It was, therefore, very worthwhile.
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texto e fotos: Guilherme Lucas
Os nova-iorquinos de Bronx, The Men, são tudo menos uma banda de rock
previsível. O seu repertório, condensado na sua discografia, revela isso mesmo:
a enorme capacidade e o genuíno interesse do grupo, nas suas diferentes
formações ao longo dos anos, de abordar a sua música numa perspetiva experimental
e sem barreiras musicais dentro de um contexto eminentemente rock. Isso
significa que é praticamente impossível catalogar os The Men musical e
estilisticamente falando. Mas podemos afirmar, sem margem de dúvidas, que são
uma grande banda de rock.
Os The Men (que estão em tour de promoção do seu mais recente - e bastante
eclético - trabalho, de nome Drift), que se apresentaram no palco dos Maus
Hábitos demonstraram precisamente isso: tanto arrancam com um brutal e
devastador tema que nada mais é do que “punk rock hardcore noise com solos à
Dinossaur Jr”, para de seguida mergulharem num tema introspetivo, calmo, de
ambiência country/folk, com um sax algo free jazz irrepreensível – a fazer
lembrar a espaços algumas frases à la Stooges do Fun House – para regressarem
ao punk hardcore noise fulminante… seguindo-se novamente mais uns temas
intimistas, assombrados musicalmente por memorabilia rock norte-americana desde
os Doors a Johnny Cash, (por momentos até percebi lá no meio qualquer coisa
entre Bruce Springsteen com Tom Petty)… é por isso praticamente impossível
identificar todas as suas influências com rigor; apenas nos podemos basear no
que as suas composições nos sugerem. A banda ofereceu um bom concerto, embora,
e como referi, com diferentes velocidades e de muito diferentes intensidades.
Fica
claramente a ideia que os The Men são uma banda, que se quiserem, atuam em
qualquer tipo de palco e para públicos muito diversos. Tanto podem atuar no
buraco mais fétido e underground de qualquer cidade dentro do punk, destilando
toda a parte do seu repertório mais violento e abrasivo, como perfeitamente
encaixam em espaços de “charme” tipo “Casas da Música”, com a outra parte dos
seus temas mais profundos e diversificados, que são do interesse de públicos pretensamente
mais esclarecidos musicalmente. Desta vez atuaram nos Maus Hábitos, que é o
tipo de espaço perfeito, situado a meio dos dois que referi. E valeu, por isso,
muito a pena.
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