Monday, 10 December 2018

A Burial At Sea - Homem Em Catarse, Woodstock 69, Porto, 09.12.2018 – Part 2 - A Burial At Sea.




words: Guilherme Lucas (freely translated by Raquel Pinheiro, proofread by Tommy Luther); photos Guilherme Lucas
A Burial At Sea are a young English quartet from Liverpool. Theirs is a rapturous and emotionally intense project.  Post-rock, but in an original way, looking for new formulas, in an attempt to renew the style. To me, they clearly accomplish this, mostly through the use of trumpets.
I am used to watching many live instrumental post-rock bands, and I state, without hesitation, that A Burial At Sea are one with a very promising career and with a sound that will certainly take them to higher levels in the future. Joking a little, but always with a serious commentary, I classify these young Brits within something I want to believe they have invented for themselves, and that I personally nickname post-rock mariachi, mostly because of the delightful sound of trumpets in some of their music. But, there is more than magical trumpets.
The usual explosions of energy followed by the customary moments of introspection and ambience of the genre are, in all their various aspects, exquisitely played. Then, either you have it or you don’t, and live, the band exudes a natural friendliness, to which nobody in the audience can possibly remain indifferent. Their songs, which can be long within their style, are very solid and very well composed, meaning they have lots of good music to offer. This becomes more and more evident throughout their concert. Like all bands of this genre, they also know how to play very well with the silences. As I have already mentioned in other no future reviews, post-rock musicians are usually great instrumentalists and A Burial at Sea are no exception to the rule; I could even write a thesis about this characteristic.
The most relevant thing is that, as had already happened with Homem Em Catarse, they managed to move me, during moments of their songs, mainly during the final parts, and the parts with trumpets. In that regard, their music can go much further and raise us brilliantly to soundscapes far more fascinating than other similar bands. Of particular note, one of the best moments of the concert, was when Graça Carvalho, indignu’s violin player was invited by the band to play in Lest We Remember. It was pure magic!
I hope to be able to see A Burial at Sea again in the future, when they’re a bigger band, which is something that I believe is going to happen. I liked them a lot so my memory will not forget them.
The concerts of Homem em Catarse and A Burial At Sea were, for me, completely memorable and breathtaking on all levels. It is extremely rare for something like this to happen. And to have two in one go!
Thank you Woodstock 69!



texto e fotos: Guilherme Lucas
Os A Burial At Sea, são um coletivo inglês de quatro jovens músicos de Liverpool, que tem um projeto de banda simplesmente arrebatador e emocionalmente intenso. Estão dentro do post-rock, mas de uma forma original, que procura novas fórmulas, na tentativa de refrescar o estilo. E para mim, conseguem-no claramente, muito pelo recurso à utilização do som de trompetes. Estou já habituado a ver várias bandas instrumentais de post-rock ao vivo, e digo, sem hesitação alguma, que estes A Burial At Sea são uma banda com um futuro muito promissor e com um som que certamente os vai levar para outros patamares mais elevados no futuro. Um pouco a brincar, mas sempre a comentar seriamente, classifico estes jovens britânicos dentro de algo, que quero acreditar, eles próprios inventaram para si mesmos, e que apelido pessoalmente de mariachi post/rock, muito pela parte do som delicioso dos trompetes em algumas das suas músicas. Mas não há só trompetes mágicos. As habituais explosões de energia que se seguem aos habituais momentos mais ambientais e introspetivos deste género, são, em todos os seus diferentes aspetos, primorosamente executados. E depois, é daquelas coisas, ou se tem ou não se tem, esta banda destila uma simpatia natural ao vivo, a que ninguém do público fica indiferente. Os seus temas, longos dentro do seu estilo, são muito sólidos e muito bem compostos, o que significa que tem muito boa música para oferecer. Isso é facilmente comprovado ao longo do seu espetáculo. E como todas as bandas deste estilo, sabem também jogar muito bem com os silêncios. Como já tenho referido em outras reviews sem futuro, os músicos de post-rock são habitualmente grandes instrumentistas e estes não fogem a essa regra; dava mesmo para fazer uma tese sobre esta particularidade. Mas o mais significativo é que neste seu concerto, e conjuntamente, como já havia ocorrido com Homem em Catarse, conseguiram emocionar-me em muitos momentos dos seus temas, principalmente nas partes finais e com os trompetes. A sua música consegue, nesse aspeto, ir bem mais longe e elevar-nos brilhantemente para paisagens sonoras bem mais fascinantes que outras bandas suas congéneres. De referir um dos melhores momentos do espetáculo, quando Graça Carvalho, violinista dos indignu, foi convidada pela banda para participar no tema Lest We Remember. Momento de pura magia!

Espero conseguir voltar a ver estes Burial at Sea no futuro, quando já forem uma banda maior, algo em que acredito. Gostei bastante deles e por isso não os esquecerei para minha memória futura.

Os concertos de Homem em Catarse e A Burial At Sea foram, para mim, completamente memoráveis e arrebatadores a todos os níveis. É muitíssimo raro acontecer algo assim, e logo dois de seguida e no mesmo espaço.
Obrigado Woodstock 69!


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