© Guilherme Lucas |
words: Guilherme Lucas (freely
translated by Raquel Pinheiro); photos Guilherme Lucas
Korto, a French power trio from Haute-Savoie,
a French area by Switzerland (Mont Blanc and Lake Léman serve as unmistakable
geographical references), played last Thursday at Auditório CCOP in Porto.
The French develop into a very interesting musical project, within rock with krautrock, progressive rock, psychedelic made into space-rock as the most obvious sound influences.
Korto have a very energetic way
of re-playing those influences, from which the burning energy coming from many
of their themes show a post-punk genesis, some indie-pop (1980’s), post-rock
ending at afrobeat with an intelligent game of several genres that compete for their
sound. For the latter the technical and creative excellence of their drummer,
Léo Mo, is essential, which is simply surprising that determines much of the
group's sound. In a nutshell, as one quickly realizes Korto are a very
captivating fusion rock band updated to our days.
Currently on the final leg of
another European tour and the first time they have played in several Portuguese
cities. In a quick browing of their Facebook page tell us that, last month,
they were the opening act for the mighty The Young Gods (it makes a lot of
sense since their sound has commonalities with the Swiss trio), to their
countrymen SLIFT (in this case fitting like a glove), or an improvised project
with Thor Harris, a former Swan. That is, Korto are a band that in active
growth, on the obvious path of any other group that aims to consolidate their
name in the coming years.
Porto’s concert was part of that and the trio offered the audience solid concert good show, mostly based on their first and, so far, only self-titled album from November 2017. By the third song they said that was a new, still unnamed one that was going to be live tested. It was mostly a concert in two tones, between mind-boggling speeding through the Cosmos and a slower mental drifting. The audience always showed appreciation for the themes played and the band always gave back to this communion in energy and commitment.
At the end of the show the band
promised that, for now, the concert was over. That they would go for some beers
and afterwards may return to the stage. I do not know if it happened. Like most
people I didn’t stay much longer. Personally I had the feeling that the end of
the show deserved something more convincing from the band. The end wasn’t fully
satisfying.
A Final Note: I’ll use this
no-future review of mine for some thoughts about Auditório CCOP renewed room.
The changes carried out in the old room, from where all the old wooden chairs
and the theater stage were removed, and
where all the space was re-shaped into a simple, sober and precise way, is, as
I see it, a happy refurbishment. Now there is a luxurious and huge stage to
welcome any kind of band or other types of non-musical performances, with an
excellent sound and lights system, and the possibility of video recording the shows. This auditorium is clearly at the
level of Hard Club‘s sala 2 and competes with it due to its similarity, and in such
regard, offers a privileged space for of any type of public event within its
field of activity. It is very good to notice that Porto has one more quality venue
opened to the city.
© Guilherme Lucas |
texto e
fotos: Guilherme Lucas
Os KORTO, um power trio francês, oriundo da Alta Sabóia, uma região
francesa que faz fronteira com a Suiça (o Monte Branco e o lago Léman servem
como referências geográficas incontornáveis), apresentaram-se no Auditório CCOP, Porto, na passada quinta-feira.
Estes três franceses evoluem num projeto musical muito interessante, dentro de uma tipologia rock, onde as influências do krautrock e do rock progressivo e psicadélico, feito space-rock, são as mais evidentes na sua sonoridade.
Os Korto tem uma forma muito enérgica de reinterpretarem estas influências, que pela parte da energia fulminante que extravassa em muitos dos seus temas, revelam génese no post-punk, em algum indie-pop (anos 80), passando pelo post-rock e com término no afrobeat pelo inteligente jogo de múltiplos géneros que concorrem para o seu som. Para esta última parte é fundamental a excelência técnica e criativa do seu baterista, Léo Mo, que é simplesmente surpreendente e que determina muito do som do grupo. Os Korto são resumidamente, e como se percebe rapidamente, um coletivo rock de fusão atualizado para os nossos dias e muito cativante.
Estão presentemente na final de mais uma tour europeia, sendo esta a primeira vez que atuam em várias cidades do território nacional. Numa rápida análise na sua página do Facebook ficamos a saber que foram banda de abertura, no mês passado, para os enormes The Young Gods (o que faz muito sentido, já que a sua sonoridade é comum ao trio suiço), aos seus conterrâneos SLIFT (neste caso particular encaixam como uma luva), ou de um projeto improvisado com Thor Harris, um ex-Swan. Ou seja, os Korto são uma banda que está em crescimento ativo, estando a fazer o percurso óbvio a qualquer outro grupo que pretenda consolidar nos próximos anos o seu nome.
Este concerto no Porto fez parte disso e o trio ofereceu ao público presente um bom e muito sólido concerto, essencialmente baseado no seu primeiro e único álbum até à data, datado de Novembro de 2017, de nome Korto (s/t). Aproveitaram à terceira música para informar que essa era nova e ainda sem nome e que ia ser testada ao vivo. Foi essencialmente um concerto em dois registos, entre velocidades alucinantes pelo Cosmos e outras mais vagarosamente planantes e mentais. O público demonstrou sempre o seu agrado pelo temas interpretados e a banda correspondeu sempre em energia e empenho a essa comunhão.
No final do espetáculo ficou a promessa por parte do grupo de que iam dar por finalizado o seu concerto por ora, iam beber umas cervejas e que depois talvez regressassem a palco. Não sei se isso ocorreu ou não, pois, como eu, quase todo o público não permaneceu muito mais tempo no recinto e desmobilizou. Pessoalmente ficou-me a sensação de que o término do espetáculo merecia algo mais convicto por parte dos franceses; soube-me a pouco esse final, portanto.
Nota final: Aproveito esta minha
review sem futuro para tecer algumas considerações sobre o renovado auditório
do CCOP. A intervenção efetuada no velho recinto, de onde foram retiradas todas
as cadeiras antigas de madeira e o palco de teatro, e onde todo o espaço foi
reformulado de uma forma simples, sóbria e precisa, pauta-se, a meu ver, como
uma feliz remodelação. Agora existe um palco, luxuoso e enorme para acolher
qualquer tipo de banda ou outro tipo de espetáculos que não musicais, com um
excelente PA de som e de luzes, e com a possibilidade de gravação dos
espetáculos em vídeo. Este auditório está claramente ao nível da sala 2
do Hard Club e concorre desde já com a mesma pela semelhança, e nesse
aspeto, oferece um espaço privilegiado para a realização de qualquer tipo de
evento público dentro do seu campo de atividade. É muito bom constatar que o
Porto tem mais uma sala de espetáculos de qualidade aberta à cidade.
© Guilherme Lucas |
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