Saturday, 10 December 2022

Michael Gira + Kristof Hahn - Blackbox-Gnration, Braga, 07.12.2022.


                      Michael Gira © Telma Mota


 words: Neno Costa (freely translated by Raquel Pinheiro); photos: Telma Mota


GNration's Blackbox in Braga held acoustic performances by Michael Gira and Kristof Hahn. Veterans of a unique musical expression condensed in the legendary Swans, Gira and Hahn performed in a more intimate format to a sold-out room, similar to Espinho, where their European tour ended.


Kristof Hahn

Opening with Ode to the city, followed by Erwachen, from the album Six Pieces (2021), saturating the space with a hypnotic and engaging awakening, reverberating Hahn's experimental drive. The German musician and composer performed several of his songs and some covers, using a virtuously manipulated lap-steel guitar as his instrument of choice, creating almost drone-like soundscapes, interwoven with a deep voice, in a way, evoking the immortal Cash.

Michael Gira

It was an austere Michael Gira who took the stage under a reverential silence expectation. Armed with his baritone voice inflated with intensity, Gira sung several songs included in the album Is There Really a Mind? (The Parasite, Unforming ou The Beggar) in a sonic antechamber for the next Swans’ album, which clothing was served raw, dilated with abrasive and rhythmic acoustic mantras, cut with simple and wise chords, accentuating the poetic richness of the lyrics, a brilliant stronghold of disturbance and sensitivity.


Kristof Hahn © Telma Mota


texto: Neno Costa; fotos: Telma Mota

A Blackbox do GNration em Braga foi palco das atuações em formato acústico Michael Gira e de Kristof Hahn. Veteranos de uma expressão musical singular condensada nos lendários Swans, Gira e Hahn apresentaram-se num formato mais intimista numa sala esgotada, à semelhança do que ocorreu em Espinho, onde encerraram a sua digressão europeia.


Kristof Hahn

Abertura com Ode à cidade, seguida de Erwachen, tema do ábum Six Pieces (2021), a saturar o espaço com um despertar hipnótico e envolvente, reverberando a pulsão experimentalista de Hahn. O músico e compositor alemão percorreu diversos temas seus e algumas covers, tendo como instrumento de eleição uma guitarra lap-steel virtuosamente manipulada, criando paisagens sonoras num registo quase drone, entretecidas com uma voz profunda evocando, de certo modo, o imortal Cash.

Michael Gira

Foi um Michael Gira austero a ocupar o palco sob um silêncio de expetativa reverencial. Armado com a sua voz de barítono insuflada de intensidade, Gira partilhou diversas canções incluídas no álbum Is There Really a Mind? (The Parasite, Unforming ou The Beggar), numa antecâmara sonora do próximo álbum dos Swans, cuja roupagem foi servida crua, dilatada com mantras acústicos abrasivos e compassados, recortada com acordes simples e sábios, acentuando a riqueza poética das letras, reduto brilhante de perturbação e sensibilidade.

  


            Michael Gira & Kristof Hahn © Telma Mota


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