Sunday, 30 April 2023

Jay jay Johanson, CCOP, Porto, 28.04.2023.

© Mondo Bizarre Magazine/Paulo Carmona

 

words: Paulo Carmona (freely translated by Raquel Pinheiro); photos: Paulo Carmona


I didn't even took a flowers bouquet! Damn it!

How could I know I was on my way to a celebration? Neither I nor the others who were there could. No one knew that they were going to a reunion party with an old friend that not seen for a long time.

Well fellows, that is how Jay Jay Johanson sees it. He is probably one of the warmest and most tender solo artists I have ever seen. He celebrates the end of each song with effusive gestures of thanks and love for others.

The set started with Why Wait Until Tomorrow; So Tell the Girls That I'm back in Town and There's no Easy Way to Say Goodbye revealing all its happy, nostalgic and contemplative melancholy. Closed in on himself and leaning on the microphone's tripod from where he enjoys picking up the songs, he walks around the stage, gently, with a slight smile stamped on his face. He plays with his voice, oscillating between dark low tones and midium highs filled with melodies and harmonies.

From trip-hop to electroclash through synth-pop, wiith melodic jazz breezes everywhere, I found myself having sensations only bossa nova can give. Perhaps it was the beautiful cadence of Erik's keyboard sounds, with Jay Jay Johanson's smooth, nostalgic vocals that make this magic. I don't know, but it was the feeling I was left with.

The heat in the CCOP room is such that Jay spares no effort and several times fetches water to offer and cool the audiencec A very elegant and nice gentleman, that's what he is.

She Doesn't Live Here Anymore gets a big ovation. But not the biggest of all. Meanwhile he introduces Erik saying he was once his dance teacher, if you can believe it. Met, of course, with laughter and squeals and happy hooting. The biggest ovation came from Heard Somebody Whistle.

After a short encore Jay Jay returns with a glass of white wine on his hand and makes magic with his voice by singing acappella, just leaning on himself. Brilliant! Someone beside me comments on the fact and lets it out in an emotional tone, that said gentleman has the best of voices.

The concert ends with Jay Jay Johanson greeting everyone who’s there in front of the stage and immediately dives into the middle of the audience and get lost in hugs, kisses and photos. Interestingly, to accompany this session, Frankie's My Way is heard interpreted by Sid Vicious, the legendary bassist of the Sex Pistols, and soon after, Elvis Presley's In the Ghetto. I don't think anyone would be waiting for it. Not even me! Superfun!


© Mondo Bizarre Magazine/Paulo Carmona

texto e fotos: Paulo Carmona

Nem um ramo de flores levei! Ora bolas!

Como saberia eu que ia a caminho de uma celebração? Nem eu, nem os outros que lá estavam. Ninguém sabia que ia para uma festa de reencontro com um amigo de longa data que já ninguém via há muito tempo.

Pois é, meus caros. É assim que Jay Jay Johanson vê a coisa. É provavelmente, um dos artistas a solo, mais calorosos e ternurentos que alguma vez vi. Celebra o final de cada música com gestos efusivos de agradecimento e de amor ao próximo.

O set começou com Why Wait Until Tomorrow; So Tell the Girls That I’m Back in Town e There’s no Easy Way to Say Goodbye; pondo a nu toda a sua alegre melancolia, nostálgica e contemplativa. Fechado sobre si e apoiado no tripé do micro onde se diverte a agarrar as canções, volta e meia deambula pelo palco, suavemente, de sorriso ligeiro estampado no rosto. Brinca com a voz, oscilando entre tons graves soturnos e médios altos repletos de melodias e harmonias.

Do trip-hop ao electroclash, passando pelo synth-pop, com brisas de jazz melódico por todo o lado, não é que dou por mim a ter sensações que só a bossa nova pode dar. Talvez seja a bela cadência dos sons dos teclados de Erik, com as vocalizações suaves e nostálgicas de Jay Jay Johanson, que fazem essa magia. Não sei, mas foi a sensação que ficou.

O calor na sala do CCOP é tanto que que Jay não se poupa a esforços e vai buscar água por diversas vezes para oferecer e arrefecer o público. Um senhor muito elegante e simpático, é o que ele é.

She Doesn’t Live Here Anymore leva uma grande ovação. Mas não a maior de todas elas. Entretanto, apresenta Erik e diz que em tempos foi o seu professor de dança, imagine-se. Risos, gritinhos e apupos felizes, claro. A maior ovação aconteceu em Heard Somebody Whistle.

A seguir a um curto encore, volta de copo de vinho branco na mão e faz magia com a voz ao cantar à capela, apenas apoiado em si mesmo. Brilhante! Alguém ao meu lado comenta o facto e deixa sair em tom emocionado, que aquele senhor tem a melhor das vozes.

O concerto termina com Jay Jay Johanson a cumprimentar toda a gente que está logo ali, na frente do palco, para logo a seguir mergulhar no meio da audiência e perder-se entre abraço, beijos e fotos. Curiosamente, a acompanhar esta sessão, ouve-se o My Way do Frankie interpretada por Sid Vicious, o lendário baixista dos Sex Pistols, e logo após, In the Ghetto do Elvis Presley. Acho que ninguém estaria à espera. Nem mesmo eu! Super fun.


© Mondo Bizarre Magazine/Paulo Carmona


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