© Guilherme Lucas |
Greengo + Old Man Lizard, Woodstock 69, Porto, 24.08.2019 - part 1 Greengo
words: Guilherme Lucas (freely translated by Raquel Pinheiro ); photos: Guilherme Lucas
To watch a Greengo concert is always a great pleasure. They are one of the Portuguese bands I've seen more often live in the last two years and they've never disappointed me. Quite the opposite quite the contrary, I can always find new reasons of interest when analyzing their fantastic sound. Throughout their performance some moments carry me to other past memories, metal / industrial spectrum bands, lost in the maelstrom of time that left a mark in me at different time periods. I rediscover them in many moments of the duo's sound, as if they were replayed in a revitalizing way with much better quality and precision. Greengo have a brutal and devastating sound, of the best ever made in Portugal (at any time or musical style). If you think this harsh, heavy sound is uncomfortable or unpleasant to the ears, don't be fooled. It is precisely that small great detail that sets them miles apart from their counterparts of the same musical aesthetic (stoner/slulde/doom/metal/ psychedelic). Greengo sound pleasantly, colossally, huge, and have the right rhythmic speed for our brains to become "hypnotize" right away. Perhaps that the greatest virtue of their sound.
This concert at Campanhã's bar was, in such regard, no different from all their other concerts I saw. They are the typical case of a band that works only in the sense of music for the music. There are no performative or scenic distractions in their show, just contagious energy and exemplary professionalism of both musicians. Greengo music is everything, and it is also a lot.
After the show, in an informal chat with the duo - Chaka (drums) and Rui Pedro Martelo (bass/vocals) I was told they would be playing in England this week with Old Man Lizard (Londres, Colchester, Coventry and Banbury). It is the best one can wish them. Such a band needs to leave Portugal and undergo the whole international circuit of their music scene in a regular and persistent way. I always wonder why, in Portugal, I only see them opening for foreign bands. In reality, at the end, when things have to be measured Greengo are far better. The answer that to me seems the obvious is that they have only released a single (the excellent Dabstep, 2018, by Raging Planet), while the bands they supported have wider discography and have been around for longer. I wish them a swift release of their debut album.
Greengo are an on the road band, preferably outside Portugal, spreading our best. Go Greengo Go!
© Guilherme Lucas |
texto e fotos: Guilherme Lucas
(Re)ver os Greengo em concerto é sempre um enorme prazer. É das bandas portuguesas que mais repeti ao vivo nestes dois últimos anos e nunca me desiludiram, muito pelo contrário, consigo encontrar sempre renovados motivos de interesse na análise ao seu fantástico som. Momentos há, ao longo do seu espetáculo, que me transportam para outras memórias passadas, feitas bandas no espectro metal/industrial, perdidas na voragem do tempo, que me marcaram em períodos temporais distintos, e redescubro-as em muitos momentos da sonoriedade do duo portuense, como que reinterpretadas de uma forma revitalizadora e com muito mais qualidade e acerto. Os Greengo tem um som brutal e demolidor, do melhor que já se fez alguma vez aqui pelo retângulo (em qualquer época e estilo musical). Mas engane-se quem pense que este som agreste e pesado é incómodo ou desagradável aos ouvidos. É precisamente nesse pequeno grande pormenor que ficam a milhas de distância em relação a outros congéneres seus dentro de mesma estética musical (stoner/slulde/doom/metal/psicadélico). Os Greengo soam agradavelmente bem, de forma colossal, enorme, e tem uma velocidade ritmíca correta para os nossos cérebros se deixarem “hipnotizar” de imediato. Talvez seja essa a grande virtude do seu som.
Este seu concerto no bar de Campanhã não foi, nesse sentido, diferente de todos os outros a que assisti deles. São o tipíco caso de um grupo que funciona apenas no registo de música pela música. Não há distrações performativas ou cénicas no seu espetáculo, apenas a energia contagiante e o profissionalismo exemplar de entrega dos seus dois músicos. A música dos Greengo é tudo, e é também muito.
Em conversa informal, após o final da atuação, com os seus dois elementos, Chaka (bateria) e Rui Pedro Martelo (baixo e voz), fiquei a saber que já durante esta semana estarão em Inglaterra para vários concertos com os Old Man Lizard (em Londres, Colchester, Coventry e Banbury). É o melhor que se pode desejar ao duo, pois uma banda como esta precisa de sair obrigatoriamente para fora de Portugal e fazer todo o circuito internacional da sua cena musical de uma forma regular e persistente. Questiono-me sempre porque é que aqui só os vejo a fazer primeiras partes de bandas estrangeiras, quando na realidade os Greengo são bem melhores, quando no final há que fazer o balanço. A resposta que me parece a mais óbvia é o de contarem apenas com um único álbum editado (o excelente Dabstep, de 2018, pela Raging Planet), enquanto que as bandas a que fizeram suporte tem já uma discografia mais extensa e de mais anos de formação. Que o seu segundo longa duração veja urgentemente a luz do dia, é o que lhes desejo, portanto.
Os Greengo são banda para estar na estrada, e de preferência, para fora de Portugal, a divulgar o que temos de bom. Go, Greengo, Go!
© Guilherme Lucas |
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