© Paulo Carmona |
words and photo: Paulo Carmona (freely translated by Raquel Pinheiro)
What is important to the audience? The age of the musician, the age of the music? It does not seem to be! Lloyd Cole, who performed last Saturday before a quite filled Rosa Mota pavilion, did not tire of reminding his audience about it during almost the entire concert. Ultimately, not that I want to stop here, if it weren't for his insistence, no one would have noticed Lloyd Cole is already in his sixties, a father of children and a family man. It's just that the man's voice hasn't aged a single day since the Commotions. Quite the opposite. He went there to look for it all, in terms of notes pitch and vocal range. A luxury. He sings like there is no tomorrow and plays likewise.
Splitting the concert into two and a quarter because, effectively, that's what happened since he initially performed, alone on stage, he and the 3 guitars, doing it with the safety and mastery of someone who, in more than 30 years of career, has stepped on many stages. Always friendly, with humor and communicative, wandering between old and newer songs, he returned after a 15-minute break accompanied by Neil Clark (guitar) and, let's be honest, very well accompanied because if the magic of Lloyd Cole's voice and guitar had managed to caress and warm our souls with Neil Clark things gained even more colour and blue velvet. Someone next to me said it, and very well: “look, now the guitars are talking to each other”. I couldn't have said it better. It was really good. He drew strong applause and ended up confessing that the audience had managed to make a mature man happy. Mine “and a fourth” is for the much demanded encore requested by tireless fans very well ornamented by the master.
When I stepped out all I had left was a very small, very imperceptible, but felt sourness. From The Hip was not part of the set-list. What a pity!
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texto e foto: Paulo Carmona
Mas afinal o que é importante para a audiência? A idade do músico, a idade da música? Parece que não! O Lloyd Cole que se apresentou no sábado passado perante um pavilhão Rosa Mota muito bem composto, não se cansou de o lembrar ao seu público, durante quase todo o evento. Em última análise, e não que eu queira ficar já por aqui, não fosse esta sua insistência e ninguém teria dado pelo Lloyd Cole já sexagenário, pai de filhos e homem de família. É que a voz do homem não envelheceu um só dia desde os Commotions. Muito pelo contrário. Foi lá busca-las todas, em termos de afinação de notas e amplitude vocal. Um luxo. Canta que se farta e toca o mesmo.
Dividindo o concerto em dois e um quarto, porque, efetivamente, foi o que aconteceu, uma vez que se apresenta inicialmente, sozinho em palco, ele e as 3 guitarras, fá-lo com a segurança e a mestria de quem já pisou muitos palcos em mais de 30 anos de carreira. Sempre simpático, com humor e comunicativo, deambulando entre temas antigos e mais recentes, após um intervalo de 15 minutos volta acompanhado por Neil Clark e, diga-se em abono da verdade, muito bem acompanhado porque se a magia da voz e guitarra de Lloyd Cole nos tinham conseguido afagar e aquecer a alma, com Neil Clark a coisa ganhou ainda mais cor e veludo azul. Alguém ao meu lado disse, e muito bem: “olha, agora as guitarras estão a conversar uma com a outra”. Eu não teria dito melhor. Foi mesmo bom. Arrancou fortes aplausos e acabou por confessar que o público ali presente conseguiu fazer um homem maduro, feliz. O meu “e um quarto” fica paro o encore muito solicitado pelos fans incansáveis e muito bem ornamento pelo mestre.
Quando sai dali só me restou um pequeníssimo azedume, muito impercetível, mas sentido. From The Hip não fez parte do set-line. Que pena!
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