Thursday, 19 May 2022

BigBrave | Fagelle, Sala Estúdio Perpétuo, Porto 17.05.22

Fagelle © Telma Mota

 

words: Neno Costa (freely translated by Raquel Pinheiro); photos: Telma Mota


Fagelle

The opening was with Fagelle’s concert. The Swedish author took the stage in a Calvinist visual register, averse to any seduction. Rigorous performance with a window to suggestive soundscapes through which we are led by the dreamlike beauty of the voice, at times vulnerable, in a sound construction where pop touches and noise interjections from the guitar combined with electronics result in a stimulating tour of the senses.


BigBrave

Immersing ourselves in the sound of the Canadian trio BigBrave may not be easy at all, especially for those who appreciate fast-digesting melodic lines.



Playing themes from their latest album Vital (2021), BigBrave wandered through territories that escape classification, tending towards a contemporaneity where metaphors take the form of sound. Full of vitality, marked by the minimalist cadence of the percussion (Tasy Hudson) and statements tinged with abrasive riffs, even sludge, from the guitars of Mathieu Ball and Robin Wattie, BigBraves performance had something of performative, weaving a sound wall of where Wattie's voice emerged, modulated between tension, fragility and catharsis.



texto: Neno Costa; fotos: Telma Mota



Fagelle

1ª parte do concerto com Fagelle. A autora sueca subiu ao palco num registo visual calvinista, avesso a qualquer sedução. Atuação rigorosa com janela para paisagens sonoras sugestivas por onde somos conduzidos pela beleza onírica da voz, por vezes vulnerável, numa construção sonora onde laivos pop e interjeições noise da guitarra se conjugaram com a eletrónica, resultando numa digressão estimulante dos sentidos.



BigBrave

Mergulhar no som do trio canadiano Big Brave pode não ser fácil de todo, especialmente para quem aprecia linhas melódicas de digestão rápida.

Interpretando temas do seu último algum Vital (2021), os Big Brave deambularam por territórios que fogem às classificações, tendendo para uma contemporaneidade onde as metáforas têm a forma de som. Atuação plena de vitalidade, marcada pela cadência minimalista da percurssão (Tasy Hudson) e das declarações tingidas com riffs abrasivos, sludge até, das guitarras de Mathieu Ball e Robin Wattie, a atuação dos BB teve qualquer coisa de performativo, tecendo uma parede sonora de onde emergia a voz de Wattie, modulada entre a tensão, a fragilidade e a catarse.





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