Black Wizards © Telma Mota |
Three tempi metal
words: Neno Costa (freely translated by Raquel Pinheiro); photos: Telma Mota
The performances of Black Wizards, MaidaVale and Earthless at Hard Club gave everyone who filled Sala 2 with a very interesting and rewarding sample of some metal trends.
Black Wizards
An auspicious start by Black Wizards in an electrifying, head-swinging performance. Joana Brito's (guitar/vocals) band, the returning Helena Peixoto (drums) and the newly integrated José Roberto (bass), the latter with a history of collaborative complicity with band from Barcelos, interpreted themes from a discography that has revealed a progressive maturation. Black Wizards played a full-bodied concert with much of the best that the metal menu has to offer in creative syntheses and incendiary riffs, colored by the fuzz sounds of the 70s, without abdicating their own personality, to which increasingly confident of Joana Brito’s voice and the virtuosity of José Roberto aren’t alien.
MaidaVale
For lovers of female rock sounds from the early 70s, Swedish MaidaVale did not disappointed, presenting on stage a consistent performance in which the psychedelic affiliation was assumed in a fluid and sometimes involving tone, seasoned with funky phrases, fuzz textures and stoner evocations. The band has been acquiring greater solidity, attested by their album Madness is Too Pure (2018) - that was the main source of the repertoire -, detaching itself from a certain predictability of Tales Of The Wicked West. We are before an interesting band to which Matilda Roth's voice lends a particular personality, with a solid instrumental body, with virtuoso strings with controlled voltage (Sofia Ström), highlighting the creative articulation of the drums (Johanna Hansson) and bass (Linn Johansson), with refreshing and groovy melodic lines announced early on with Trance, Oh Hysteria! or Walk in Silence, themes from their latest album, attesting to the band's greater refinement confirmed by the performance in Porto.
Earthless (Mario Rubalcaba, drums; Isaiah Mitchell, guitar; Mike Eginton, bass)
The Much awaited Californian trio Earthless provided an appreciable musical journey, both for the duration of the songs that make up their latest album Night Parade of One Thousand Demons and for their quality, confirming them as excellent composers in the realm of psychedelic heavy metal. A sound narrative inspired by a Japanese legend from which they took the title of their last album, Earthless unleasehd the demons, driving emotions through the cohesive and virtuous instrumental progression, the long descriptive solos and riffs that echo the references of the best metal, krautrock jazzy even, in an immaculate stage performance that ended, as an encore, with Cherry Red, the 2007 theme (Rhythms From a Cosmic Sky) in which Isaiah Mitchell's voice emerges, surprisingly – and captivating – redesigning the sound of band.
Earthless © Telma Mota |
Metal a três tempos
texto: Neno Costa; fotos: Telma Mota
As atuações de Black Wizards, MaidaVale e Earthless no Hard Club proporcionaram a todos quantos lotaram a sala 2 uma amostra muito interessante e recompensadora de algumas das tendências metálicas.
I. Black Wizards
Abertura auspiciosa com Black Wizards numa atuação eletrificante de baloiçar cabeças. A banda de Joana Brito(guitarra/voz), da regressada Helena Peixoto (bateria) e do recém integrado José Roberto (baixo), este último com um histórico de cumplicidades colaborativas com a banda de Barcelos, interpretaram temas de uma discografia que tem revelado um amadurecimento progressivo. (A)os Black Wizards deram um concerto bem encorpado com muito do melhor que o cardápio metálico tem para oferecer em sínteses criativas e riffs incendiários, tingido pelas sonoridades fuzz dos 70s, sem abdicarem de uma personalidade própria, à qual não são alheias a voz cada vez mais segura de Joana Brito e o virtuosismo de José Roberto.
II. MaidaVale
Para os apreciadores das sonoridades femininas do rock dos inícios dos anos 70, as suecas MaidaVale não terão desapontado, apresentando em palco uma atuação consistente onde a filiação psicadélica foi assumida num tom fluído e por vezes envolvente, temperada com frases funky, texturas fuzz e evocações stoner. A banda tem vindo a adquirir maior solidez, atestada pelo seu álbum Madness is Too Pure (2018) - que ocupou a maior parte do reportório-, descolando-se de uma certa previsibilidade de Tales Of The Wicked West (2016). Estamos perante uma banda interessante à qual a voz de Matilda Roth empresta uma personalidade particular, com um corpo instrumental sólido, com cordas virtuosas de voltagem controlada (Sofia Ström), destacando-se a articulação criativa da bateria (Johanna Hansson) e do baixo (Linn Johansson), com linhas melódicas refrescantes e groovy anunciadas logo desde início com Trance, Oh Hysteria! ou Walk in Silence, temas do seu último álbum, atestando maior refinamento à banda que a atuação no Porto confirmou.
III Earthless (Mario Rubalcaba, bateria; Isaiah Mitchell, guitarra; Mike Eginton, baixo)
Muito aguardados, o trio norte-americano Earthless proporcionou uma viagem musical apreciável, quer pela duração dos temas que compõem o seu último álbum “Night Parade of One Thousand Demons”, quer pela qualidade dos mesmos, confirmando-os como compositores exímios do universo do heavy metal psicadélico. Narrativa sonora inspirada numa lenda japonesa à qual foram buscar o título do seu último álbum, os Earthless libertaram os demónios, conduzindo as emoções através da progressão instrumental coesa e virtuosa, dos longos solos descritivos e riffs onde ecoam as referências do melhor metal, krautrock e até jazzísticas, num desempenho imaculado em palco que terminou, em jeito de encore, com Cherry Red, tema de 2007 (Rhythms From a Cosmic Sky) no qual a voz de Isaiah Mitchell emerge, redesenhando de forma surpreendente – e cativante - a sonoridade da banda.
MaidaVale © Telma Mota |
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