Wednesday 24 May 2023

The Haunted Youth, M.O.U.C.O., Porto, 21.05.2023.

© Mondo Bizarre Magazine/Telma Mota

 

words: Neno Costa (freely translated by Raquel Pinheiro); photos: Telma Mota


The Haunted Youth debuted in Porto, promoting mostly songs from their first album Dawn of the Freak (2022). At the first chords of Broken the landscape was populated with butterflies in the armpits and chewing gum on the hips celebrating a late adolescence that flew over the course of an hour, to the delight of the audience that rushed to M.O.U.C.O.

The Haunted Youth's music has the haunting success formulas with the guitars evolving into easily digestible melodic riffs, in a dream-pop affiliation that Joachim Liebens' voice and Anne Smets' keyboards accentuate, auguring an update of the menus of the nearest dance-floors. An example of the above was the song Gone, referring to a possible holiday soundtrack for a convertible. The Belgian quintet presented a cohesive, well-articulated and relaxed posture on stage, revealing mastery on the art of sound pastry, although stumbling upon a poor lyrical construction, which could be taken from the margins of a school notebook, sometimes in clear contrast with the melodic marzipan (e.g. Fell Like Shit).

All in all, a cute and delicious indie waiting for further maturation.


© Mondo Bizarre Magazine/Telma Mota



texto: Neno Costa; fotos: Telma Mota

Os Haunted Youth fizeram a sua estreia no Porto, promovendo essencialmente músicas do seu primeiro álbum Dawn of the Freak (2022). Aos primeiros acordes de Broken, a paisagem povoou-se com borboletinhas nos sovacos e pastilha elástica nas ancas celebrando uma adolescência tardia, escorrendo ao longo de uma hora, para gáudio da assistência que acorreu ao M.O.U.C.O.

A música dos Haunted Youth tem a assombração das fórmulas de sucesso com as guitarras evoluindo em riffs melódicos de fácil digestão, numa filiação dream-pop que a voz de Joachim Liebens e as teclas de Anne Smets acentuam, augurando uma atualização das ementas das pistas de dança mais próximas. Exemplo do exposto foi a canção Gone, remetendo para uma possível banda sonora de férias para descapotável. O quinteto belga apresentou em palco uma postura coesa, bem articulada e descontraída, revelando domínio da arte da pastelaria sonora, embora tropeçando numa construção lírica pobre, que podia ser retirada das margens de um caderno escolar, por vezes em evidente contraste com o maçapão melódico (e.g. Fell Like Shit).

Feitas as contas, fica um indie fofinho e delicodoce à espera de melhor maturação.


© Mondo Bizarre Magazine/Telma Mota



No comments:

Post a Comment