Thursday, 10 January 2019

Holy Motors + Balter Youth, Hard Club, Porto, 09.01.2019 – Part 1 - Balter Youth



words: Guilherme Lucas (freely translated by Raquel Pinheiro); photos: Guilherme Lucas
Porto’s young sextet Balter Youth were selected as Estonian band Holy Motors support act on their first Portuguese concert at Hard Club.

Generally speaking Balter Youth create independent pop, or indie-pop to express ourselves more universally. It is only fair to say in this brief assessment that they do it very well. Their music if of the purest pop filigree, highly crystalline and subtle, pleasantly light as a fragrance.
Essentially, Balter Youth offered us are some good, well-crafted, pop songs. Of the sort which choruses are left in our ears after hearing them a few times. The type that can easily aim to airplay on any radio or network show, if that still has meaning these days. Just to state their universality and how easy it is to absorb their music, without complexes or major difficulties.

A plus the band shows, after carefully listening to their works on their Youtube channel and Soundcloud is that their songs are not of easy and obvious comparison with major and historical bands of universal reference. One recognizes some of them in their sound, but not in a very categorical or stylistic way, more as a faint suggestion, not so much as evidence. Therefore, there is an unpretentious ingenuity by its members that reveals itself in a sincere and carefree manner throughout their themes.

Upon a stage Balter Youth showed they had a very solid and capable project for whatever lies ahead. As they have good songs in a pop-teen style, but above all because their singer Inês Pinto da Costa has an excellent voice to sing their compositions, which in pop affairs is vital to go places. They appear to be a group in which all their forefronts and sides seem to be well protected and ready to achieve an ever greater public recognition, if there is ability - and some luck - for the group to grow with more shows in their resume, which will inevitably propel their songs to a wider audience. I liked them ... they are good.




texto e fotos: Guilherme Lucas

Abriram a noite de quarta-feira passada, os portuenses Balter Youth, jovem sexteto eleito para banda suporte aos estonianos Holy Motors, neste seu primeiro concerto nacional no Hard Club.
Os Balter Youth fazem genericamente pop de cariz independente, ou indie-pop para nos expressarmos de forma mais universal. E fazem-no muito bem de resto, para que se faça a devida justiça nesta breve apreciação. A sua música é da mais pura filigrana pop, muito cristalina e subtil, agradavelmente leve como uma fragrância.

São essencialmente algumas boas, e muito bem trabalhadas, canções pop aquilo que estes Balter Youth nos oferecem. Das que tem refrões que nos ficam no ouvido ao final de poucas audições. Das que podem ambicionar airplay sem problema algum, em qualquer rádio ou programa televisivo, se é que isso ainda signifique algo nos dias de hoje. Apenas para vincar a universalidade e a facilidade de absorver a sua música, sem complexos ou dificuldades de maior.

Uma mais-valia que o coletivo revela, numa escuta atenta aos seus trabalhos disponíveis no seu canal Youtube e Soundcloud, é que as suas canções não são de fácil e óbvia comparação com bandas maiores e históricas e de referência universal. Reconhecemos no seu som algumas delas, mas não de uma forma muito taxativa ou estilística, mas mais como uma ténue sugestão e não tanto como uma evidência. Há por isso um despretensioso engenho por parte dos seus elementos que se revela de forma sincera e despreocupada ao longo dos seus temas.

Os Balter Youth mostraram em palco ter um projeto muito sólido e capaz para o que há-de vir e tiver de ser. Porque possuem boas canções num estilo pop-adolescente, mas acima de tudo, porque também tem na sua vocalista Inês Pinto da Costa uma excelente voz a assinar as suas composições, o que nestas coisas da pop é vital para se conseguir ir a algum lado. Aparentam ser grupo em que todas as suas frentes e laterais parecem estar bem protegidas e prontas para alcançar um cada vez maior reconhecimento público, haja capacidade - e alguma sorte - para o grupo conseguir crescer com mais espetáculos no seu currículo, que inevitavelmente propagarão as suas canções a uma audiência mais vasta. Gostei deles… são bons.



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