Friday, 14 September 2018

PigsPigsPigsPigsPigsPigsPigs, Maus Hábitos, Porto, 12.09.2018.

© Guilherme Lucas 



words: Guilherme Lucas (freely translated by Raquel Pinheiro); photos: Guilherme Lucas

Newcastle’s Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs gave their second concert of the Portuguse leg of their European last Wednesday night at Maus Hábitos called the King of Cowards Tour exactly the name of his latest work - King of Cowards - released this month. Therefore, promotion concerts and to mitigate longing since it is a return to Portugal.  

Going exclusively with the set list chosen by the band for this show in Porto, I will say, without any doubt or hesitation, that I was in front of a sludge 100% band. Listening carefully to their discography that is fully confirmed, although there are other directions, towards other genres in it, as in the case of stoner rock, hard/metal, hardcore punk and some psychedelic. The orwellian 7xPigs are, in such regard, a very happy crossing of those several categories. They are convincing.

The concert of the collective at Maus Hábitos was always on a single tone and a single speed: extremely physical, very sweaty and devastating. As one wants it to be. Everyone in the audience appreciated the band’s attitude and posture. The “orwellian"7xPigs offered the audience a very good concert.  

For me, and resorting to my memory palace and my formative memory live the band can very eloquently both sound to Motorhead or Rollins Band/Black Flag (via Black Sabbath) ...   only because of voice and brutal performance of their vocalist, Matt Batty, a real stage animal. The man manages to be a well-conceived simulacrum between Lemmy's voice and Henry Rollins’ legendary performances, but with a tattoosless body. Other than that, i tis all there. Matt Baty screams and screams as if there is no future and no hope ... I have very few people succeed in doing tso with class and range. He achieves it in an unquestionable way. His band comrades are also very cohesive and willful in the manner they instrumentally insure the apocalyptic and almost suffocating sound vertigo of each played theme. These 7x Pigs are categorically a hardcore band in the way they expose their most extreme emotions to the audience. Without being surprised by their performance (perhaps because I was already waiting for it), they were able to play deep in my heart of darkness. These pigs are very recommendable.


© Guilherme Lucas 


texto e fotos: Guilherme Lucas

Os ingleses (de Newcastle), Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs, deram, nos Maus Hábitos, na passada quarta-feira, o seu segundo concerto em terras lusas, da sua presente tour europeia - denominada de “King of Cowards Tour” - exatamente o nome do seu último trabalho - King of Cowards - lançado este mês. Concertos de divulgação, portanto, e para matar saudades, já que é um regresso ao cantinho.

Baseando-me exclusivamente na set list escolhida pela banda para este seu espetáculo na Invicta, direi, sem qualquer margem para dúvida ou hesitação, que estive perante uma banda 100% de tipologia sludge. Escutando atentamente a sua discografia, isso é plenamente confirmado, embora exista na mesma outras incursões a outros géneros, como é o caso do stoner rock, o hard/metal, o punk hardcore e algum psicadelismo. Os 7xPigs são, nesse aspeto, um muito feliz cruzamento destas várias categorias. São convincentes.
O concerto do coletivo nos Maus Hábitos foi sempre de um só registo e de uma única velocidade: extremamente físico, muito suado e devastador. Como se quer. E toda a assistência agradeceu essa atitude e postura, por parte da banda. Foi um muito bom concerto, aquele com que os 7xPigs “orwellianos” brindaram todo o público presente. 

Para mim, e recorrendo ao meu baú de memórias mais queridas e formativas, a banda tanto consegue soar ao vivo a Motorhead como a Rollins Band/Black Flag (por via Black Sabbath), de forma muito eloquente… e tudo unicamente, e só, pela voz e a performance brutal do seu vocalista, Matt Batty, um autêntico animal de palco. O homem consegue ser um simulacro muito bem engendrado entre a voz de um Lemmy e as atuações lendárias de um Henry Rollins, mas num corpo sem tatuagens. De resto, está lá tudo. Matt Baty berra e grita como se não houvesse futuro nem esperança… tenho visto muitos poucos a conseguirem fazer isto com classe e amplitude. Ele consegue-o de forma inquestionável. E os outros camaradas de banda são também muito coesos e voluntariosos na forma como seguram instrumentalmente a vertigem sonora, apocalíptica e quase sufocante de cada um dos temas interpretados. Estes 7x Pigs são categoricamente uma banda hardcore na forma como expôem ao público as suas mais extremas emoções. Sem me terem surpreendido com a sua atuação (talvez porque já a esperava nestes moldes), conseguiram tocar fundo no meu coração das trevas. Muito aconselháveis estes porcos.

© Guilherme Lucas 


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