Friday, 20 April 2018

BEESUS, Woodstock 69 Rock bar, Porto, 17.04.2018

© Guilherme Lucas 


words: Guilherme Lucas (freely translated by Raquel Pinheiro ); photos: Guilherme Lucas

BEESUS and Italian band from Rome, gave their first ever concert in Portugal last Tuesday at Woodstock 69. They are on an European mini-tour during April, and this was a good opportunity for see them and draw some live conclusions  about the quartet. Records wise the group demonstrates to be  a band that fuses several subgenres of today's heaviest underground rock, having a bit of everything to offer to a vast audience within the underground. 

Essentially, I would say that they make a very good connection between doom and stoner rock, but many more things stand out in their music. There is grunge, some metal (more on the post metal strand, although there are also old school things), hardcore punk (more leaning towards sludge)... and a lot of fuzz and psychedelia, - although they are not a band of cosmic travels band and such – theirs is more immediate and more based on devastatingly slow, crude and hypnotic tempus (at times there are references to the Swans, but more to sounds that are somehow very familiar to those that are into this sound spectrum). As far as I am concerned, I have identified many moments that owe everything to The Rollins Band (later confirmed by the band as a very important reference in their sound). There is a lot of punk in the attitude of the band, which is notorious live. Beesus gave a very good concert, with many good moments; some truly intense and abrasive. 

The audience completely embraced the band’s intensity and enthusiastically thanked the band for its presence on an unusual day for live concerts, as a Tuesday always is. After the end of the show, exchanging some impressions, with the band’s guitarist, Francesco Pucci (also the guitarist of Italian band FVZZ POPVLI, a heavy psych band), he commented on the band’s happiness about their gig in Portugal, and the importance of the first time for a band that is progressing and growing a lot based on performed concerts, but also because of a DIY attitude. The talk versed the importance of punk bands of the 80s, and garage, as partial influence of the band’s sound, as well as, of course, many others that are not directly linked to this subgenre, that  always shared that sound or attitude.  From now on, let us wait for Beesus to return more times to Portugal because they are a good group to follow its future evolution. Same for FVZZ POPVLI, that are also an interesting band.






texto e fotos: Guilherme Lucas


Os BEESUS, banda italiana, natural de Roma, deram o seu primeiro concerto de sempre em solo nacional, na última terça-feira, no Woodstock 69. Andam em mini-tour europeia durante este mês de Abril, e esta foi uma boa oportunidade para os ver e tirar algumas conclusões sobre este quarteto ao vivo. O grupo demonstra ser discograficamente uma banda de fusão de vários subgéneros do rock mais pesado e underground da atualidade, tendo um pouco de tudo para oferecer a um público vasto dentro do underground. 

Essencialmente, diria que fazem uma ligação muito bem conseguida entre o doom e o stoner rock, mas mesmo assim há muito mais coisas que ressaltam na sua música. Há grunge, algum metal (mais na vertente post metal, embora existam coisas old school), há punk hardcore (mais na vertente sludge)… e muito fuzz e psicadelismo, - embora não seja banda de viagens cósmicas e afins - o deles é muito imediato e mais baseado em tempos devastadoramente lentos, crús e hipnóticos (há momentos que remetem para uns Swans, mas para mais sons que são, de alguma forma, muito familiares para quem está dentro deste espetro sonoro). Da minha parte identifiquei muitos momentos que devem tudo a uma Rollins Band (mais tarde confirmado pela banda como uma referência muito importante no seu som). Há muito de punk na atitude da banda, isso é notório ao vivo. 

Os Beesus ofereceram um muito bom concerto, com muitos bons momentos; alguns verdadeiramente intensos e abrasivos. O público presente aderiu completamente à intensidade da banda e esta agradeceu, de forma entusiástica, a presença do mesmo num dia incomum para concertos ao vivo, como é sempre uma terça-feira. Após o final do espetáculo, e trocando algumas impressões, com o guitarrista da banda, Francesco Pucci (também guitarrista dos italianos FVZZ POPVLI, uma banda de heavy psych), este comentou o contentamento da banda por ter realizado o seu primeiro gig em Portugal, e da importância da primeira vez para uma banda que está a progredir e a crescer muito à base dos concertos realizados mas também de toda uma atitude DIY. Falou-se da importância das bandas punks dos anos 80’s e garage como influência em parte do som da banda, bem como, e obviamente, de muitas outras que não estando diretamente ligadas a esse subgénero, sempre partilham esse som ou então a atitude. Aguardemos que os Beesus regressem, a partir de agora, mais vezes a Portugal pois são um bom grupo para seguir a sua evolução futura. E já agora, também os FVZZ POPVLI, que também são uma banda interessante.





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