by Guilherme Lucas (freely translated by Raquel Pinheiro)
Strange Peace, the third album of Canadian band METZ, one of
the most exceptional current do noise-rock post-grunge/punk/hardcore collectives,
is, essentially, an album haunted by the baton of its producer, the mighty
Steve Albini. Everything in this album makes sense as far as the inevitable
meeting along the timeline between band and master is concerned: because they
are one of the greatest heirs and current reinventers of the Seatlle’s sound
that dominated the planet in the 90s also for being umbilically aesthetically
and creatively linked to Sup Pop, and Steve Albini because he is an institution of his own right
of this type of sound, always innovating, sometimes as a musician (Big Black,
Shellac), other times as a sound engineer/producer (among countless works,
Nivarna’s inescapable In Utero is inevitably stressed
In Strange Peace, Metz show themselves with a more natural
and concrete sound, retaining the constant, magical demential and explosive
combustion of their themes, but this time, with a dense and more detailed
intensity; would even risk considering it progressive and experimental, as if
reorienting the band’s future towards new latitudes. There are many moments in
this piece that remind PIL’s debut album, or even earlier Killing Joke. We
believe that this is a way to refresh a whole traditional identifiable universe
of the band that lays on Nirvana, Mudhoney, Sonic Youth, Melvins and a few
others that they are eternally associated by the musical press and not just to the
structural sound of the band. Strange Peace is a perfect album to any lover of underground
rock, in its most noise and extreme aspect and whole its 36 minutes of urgent
listening are highly recommended.
Metz are currently touring Europe promoting Strange Peace and
with two concerts next week in Portugal: Tuesday, 17, at Musicbox, Lisboa and
the next day, Wednesday, 18, at Hard Club, Porto. American band Moaning, also
from Sub Pop, will be the opening act. By the vertiginous intensity of their
music, but above all because of their excellent and demolishing live
performances, for a start, we expect nothing less from METZ than an excellent
concert …in the end, we anxiously expect that it is also one of those
auditively therapeutic; those that save our days and gave meaning to our
existence.
(Sub Pop, 2017)
por Guilherme Lucas
Strange Peace o terceiro longa duração dos canadianos Metz,
um dos mais excepcionais coletivos do noise-rock pós-grunge/punk/hardcore da
atualidade, é, essencialmente, um álbum assombrado pela batuta do seu produtor,
o enorme Steve Albini. Tudo neste álbum faz sentido no que ao encontro
inevitável na linha do tempo entre banda e mestre diz respeito: os Metz porque
são uns dos maiores herdeiros e reinventores nos dias de hoje do som de Seatlle
que dominou o planeta nos anos 90 e também por estarem umbilicalmente ligados
esteticamente e criativamente à editora Sub Pop, e Steve Albini porque é uma
instituição em si mesmo deste tipo de som, sempre inovando, ora como músico
(Big Black, Shellac), ora como engenheiro de som/produtor (entre inúmeros
trabalhos, salienta-se inevitavelmente o incontornável In Utero, dos Nirvana).
Em Strange Peace, os Metz revelam-se com um som mais natural e mais concreto,
permanecendo a constante e mágica combustão demencial e explosiva tão
caraterística dos seus temas mas desta vez com uma intensidade mais densa e
mais cuidada nos pormenores; arriscaríamos a considerar até de progressiva e
experimental, como que a reorientar para novas latitudes o futuro da banda. Há
muitos momentos neste seu trabalho que lembram o álbum de estreia dos PIL ou
até Killing Joke dos primeiros tempos. Acreditamos ser esta uma forma de
refrescar todo um universo identificativo tradicional da banda que acenta nos
Nirvana, Mudhoney, Sonic Youth, Melvins e mais uns poucos e que são eternamente
associados pela imprensa musical e não só ao som estrutural da banda. Strange Peace é um álbum perfeito para
qualquer amante de rock underground, na sua vertente mais noise e extrema e
aconselham-se vivamente todos os seus 36 minutos de audição urgente.
Os Metz
estão atualmente em tour europeia a promover Strange Peace e com duas datas já
na próxima semana em Portugal: dia 17, terça-feira na Musicbox, Lisboa e no dia
seguinte, dia 18, quarta-feira, no Hard Club, Porto. Os norte-americanos
Moaning, também da editora Sub Pop, farão a 1.ª parte. Pela intensidade
vertiginosa da sua música, mas acima de tudo pelas suas excelentes e
devastadoras performances ao vivo, dos Metz não esperamos menos do que um
excelente concerto à partida… no final aguardamos ansiosamente que seja também
um daqueles auditivamente terapêuticos; dos que salvam os nossos dias e dão
sentido à nossa existência.
(Sub Pop, 2017)
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